6 de abril de 2011

Temporada de Dança do Teatro Alfa 2011


apresenta
PINA BAUSCH TANZTHEATER WUPPERTAL

Ten Chi, coreografia de Pina Bausch inédita no Brasil, em cinco espetáculos no Teatro Alfa, entre 14 e 19 de abril.

A Temporada de Dança do Teatro Alfa em 2011 começa mais cedo, em 14 de abril, por um excelente motivo: receber a Pina Bausch Tanztheater Wuppertal, uma das maiores companhias do mundo, um nome mágico no mundo das artes e da cultura. Com 38 integrantes entre bailarinos e técnicos, o grupo fundado por Pina Bausch em 1973, retorna ao Teatro Alfa pela quinta vez desde 2000 para apresentar Ten Chi (Céu e Terra), coreografia inédita no Brasil, criada no Japão em 2004, fruto da residência da coreógrafa naquele país. Ten Chi terá cinco apresentações entre 14 e 19 de abril.

O espetáculo é o último de uma série que pode ser chamada de relatos de viagem coreografados – obras fortemente influenciadas e inspiradas pela localização geográfica de sua criação. Em um cenário decorado com flores de sakura e uma cauda de baleia gigante, os talentosos bailarinos da Tanztheater Wuppertal exploram com humor e densidade os sons, sinais, características e paradoxos da cultura japonesa moderna. Serão 17 bailarinos em cena, com trilha musical de diversos compositores e textos de autores como Brecht e Saramago.

Trabalhando com a companhia desde 1999, Robert Sturm assumiu após a morte de Pina Bausch, em 2009, a direção artística do grupo, junto com o bailarino Dominique Mercy. Sobre Ten Chi, Sturm diz “Pina fez algumas mudanças no espetáculo nos primeiros anos após a estréia. Levou algum tempo até Ten Chi encontrar seu formato definitivo. A partir dali, nada mudou e é esse espetáculo que apresentaremos – agora e no futuro”.

Embalado por uma trilha que inclui Norah Jones e Gustavo Santaolalla, e textos de Bertold Brecht e José Saramago, entre outros, o espetáculo traz no elenco a brasileira Regina Advento, integrante da companhia desde 1993.

Desde 2000, a Pina Bausch Tanztheater Wuppertal apresentou-se quatro vezes no Teatro Alfa: naquele ano, com Massurca Fogo, espetáculo de 1998; em 2001, com Água, inspirado e feito no Brasil; em 2006, com o "Para as crianças de ontem, hoje e amanhã (em alemão, Für Die Kinder Von Gestern, Heute Und Morgen), de 2002; em 2009, com duas coreografias Café Müller, de 1978, e A Sagração da Primavera (em alemão, Das Frühlingsopfer), de 1975.

Após a apresentação da companhia de Pina Bausch, a Temporada de Dança 2011 do Teatro Alfa prosseguira com: Grupo Corpo, que apresentará a estréia da nova coreografia ainda sem título, além de O Corpo (de 2000) em dez performances de 5 a 14 de agosto; São Paulo Companhia de Dança, as coreografias Supernova, Legend, Inquieto e Tchaikovsky Pas de Deux, em três datas, de 26 a 28 de agosto; Cia. de Dança Deborah Colker, dez apresentações da inédita coreografia Tathyana de 9 a 18 de setembro; Akram Kahn Company (Inglaterra) traz as coreografias Gnosis e Vertical Road, em quatro noites, de 13 a 16 de outubro; Sasha Waltz and Guests (Alemanha) apresenta Travelogue I – Twenty to Eight, em dois dias, 29 e 30 de outubro.

As assinaturas para a Temporada de Dança ainda estão à venda com preços especiais pelo site www.teatroalfa.com.br ou pelos telefones (11) 5693.4000 e 0300.789.3377.

Ten chi – Uma cartografia sentimental, por Fabio Cypriano (jornalista, autor do livro Pina Bausch)

O espetáculo “Ten Chi”, de 2004, foi uma das últimas criações de Pina Bausch (1940 – 2009). Concebido dentro de um procedimento que a coreógrafa iniciou, formalmente, com “Viktor”(1986), “Ten Chi” é uma co-produção com a cidade de Saitama, no Japão.

Ao todo, Bausch realizou 15 coproduções a partir de culturas locais, todas inspiradas em residências que duravam em média três semanas. Em cada uma delas, ela e sua companhia visitavam personalidades locais, conheciam lugares populares, integravam-se aos costumes de cada região.

Depois, tudo isso se transformava no palco em fragmentos de cartões postais, onde cada bailarino anotava suas leituras particulares de cada situação vivida. O resultado nunca foi uma mera ilustração dos lugares por onde a trupe passou, mas uma cartografia sentimental.

A importância da visão de cada bailarino, com sua experiência particular, afinal, foi sempre o mote central da coreógrafa. “Eu não me interesso em como as pessoas se movem, mas o que as movem” foi a ideia central de Bausch ao longo de sua carreira, um conceito que revolucionou a dança no século 20 e influenciou todas as gerações de coreógrafos e bailarinos que a seguiram.

O palco de “Ten Chi” revela partes de uma baleia. Sobre eles, em alguns momentos, neva incessantemente. Essa situação ambivalente costuma ser o tom das peças, colagens de situações onde o que aparentemente é inconciliável se reúne. Por isso, Bausch nunca explicou seus espetáculos, ela preferia que cada um a observasse a seu jeito, reunindo as peças ao seu critério.

Se na peça estão estereótipos da cultura japonesa, como quimono, bonsai e samurai, eles estão ali mais como mementos, apontamentos de viagem. Eles estimularam cada bailarino a falar algo ou dançar de determinado jeito, porque Bausch sempre dizia que, quando falar torna-se impossível, é preciso dançar.

Ten Chi – Ficha técnica:
Uma obra de Pina Bausch

Em co-produção com a Prefeitura de Saitama, Saitama Arts Foundation e Nippon Cultural Center

Diretora e coreógrafa Pina Bausch / Cenografia Peter Pabst / Figurinos Marion Cito / Colaboração Musical Matthias Burkert, Andreas Eisenschneider / Colaboração Robert Sturm, Daphnis Kokkinos, Marion Cito / Música Ryoko Moriyama, Hwang Byungki, Kodo, Yas-Kaz, Balanescu-Quartett, Thomas Heberer, Rene Aubry, Beth Gibbons & Rustin Man, Gustavo Santaolalla, Robert Wyatt, Kreidler, Labradford, Plastikman, Tudôsok, Underkarl, Club des Belugas e outros / Textos Ruth Berlau, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Jose Saramago, Margarete Steffin, Wislawa Szymborska / Estréia mundial 8 de Maio de 2004, Schauspielhaus Wuppertal / Apresentações internacionais 2004 Saitama; 2005 Paris, Tóquio e Lisboa; 2006 Wiesbaden; 2007 Los Angeles e Berkeley.

PINA BAUSCH TANZTHEATER WUPPERTAL no TEATRO ALFA - SERVIÇO
local: Teatro Alfa (R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 – tel. 5693.4000)
datas e horários: 14 de abril, quinta-feira, 21h; dia 16, sábado, 21h; dia 17, domingo, 18h; dias 18 e 19, segunda e terça, às 21h.
Preços: Setor I e II, R$200,00; Setor III, R$ 100,00 e Setor IV, R$ 60,00
Lotação: 1110 lugares
Duração: 1ª. parte: 1 hora – Intervalo: 20 minutos – 2ª. parte: 1h25
Classificação etária: 12 anos
Estacionamento: Valet c/ manobrista = R$ 25,00 - Self = R$ 18,00
Como Comprar:
Por Telefone: 5693-4000 e 0300-789-3377 (Serviço exclusivo do Teatro Alfa)
Venda efetuada com cartões de crédito (Amex, Visa, MasterCard e Diners Club), de segunda à sábado das 11h às 19h e domingos das 11h às 17h. Em dias de eventos até 1 (uma) hora antes do início dos mesmos. Os ingressos poderão ser retirados no próprio teatro no dia do espetáculo.
Ingresso Rápido - 4003.1212 – www.ingressorapido.com.br

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