8 de maio de 2011

Helloween e Stratovarius presenteiam fãs com noite memorável em São Paulo




Os fãs paulistanos do metal melódico foram presenteados na noite dessa sexta feira com uma apresentação suprema de dois ícones do estilo. Tratam-se da banda finlandesa Stratovarius e da alemã Helloween, que executaram seus clássicos diante de um Credicard Hall lotado para o terceiro show da turnê de divulgação dos álbuns Elysium (Stratovarius) e 7 Sinners (Helloween).

A bandeira no cenário anunciava a imponência do Stratovarius, primeira banda a subir no palco ao som da Infernal Maze. Na sequência veio Eagle Heart, que provou que as alterações na formação da banda ajudaram no desenvolvimento. Com a saída de Timo Tolkki, idealizador, guitarrista e principal compositor do Strato, fãs ficaram com medo que a banda mudasse o rumo de suas composições e que as linhas de guitarra ficassem defasadas. A entrada de Matt Kopiainen deixou claro que isto não aconteceria.

Atualmente a banda é formada por Timo Kotipelto nos vocais, o Lauri Porra no baixo, Matt Kopiainen na guitarra, Jörg Michael na bateria e o tecladista Jens Johanson. Kotipelto, que apesar dos visíveis sinais do tempo, não decepcionou em comparação aos últimos shows no Brasil. A banda fez o público vibrar ao som das novíssimas Darkest Hours e Under Flaming Skies, ambas composições da dupla Kotipelto e Kupiainen. O grupo também atendeu o pedido da galera com a execução das clássicas Paradise, Speed of light e Hunting High and Low, tornando em um dos momentos mais marcantes da apresentação. Após 1 hora de uma performance excepcional, o grupo coroou sua passagem com a esperada Black Diamond, emocionando os fãs no Credicard Hall.

Após um intervalo, às 23h40 as luzes se apagaram e teve início um espetáculo de iluminação, anunciando o show Helloween, que subiu no palco ao som do coro de “Happy Happy Helloween” vindo da plateia.

Andi Deris estava animado e iniciou o show atendendo o pedido do público que pedia a música “Are you metal. Seguiram-se sucessos como Eagle Fly Free e Where the Sinners Go. A primeira, faixa do novo álbum 7 Sinners, lançado no sugestivo dia 31 de outubro de 2010. Logo após vieram as execuções de World of fantasy e You Stupid Mankind, também do trabalho mais recente. Para quebrar a sequência de novidades tocaram clássicos como a I’m alive e um medley que incluía as músicas Keeper of the Seven Keys, The King for a 1000 Years e Halloween, com participação intensa do público.

E por falar em integração com a plateia, destaca-se a presença de palco do vocalista durante todo o espetáculo. Ele conversou com os fãs e fez questão de interagir com todos em cada música, demonstrando uma simpatia contagiante. Não diferente, o guitarrista Sascha Gerstner, com seus solos virtuosos e performances excêntricas, que ao lado de Michael Weikath, membro remanescente da formação original, reproduziu com maestria as dobras de guitarra típicas da banda.

Outro momento marcante da apresentação foi a execução de Forever and one, tocada ao violão por Deris e Gerstner. A música foi dedicada a todas as mulheres presentes e acompanhada pela voz do público. Para finalizar, o Helloween ainda tocou I want out e aproveitou o entusiasmo do público para exibir suas performances individuais e apresentações dos membros, se despedindo pela primeira vez do palco enquanto os fãs inconformados pediam bis.

Pedido feito e atendido. Os alemães voltaram ao palco mais duas vezes. A primeira para tocar Ride the Sky e Future World, e na segunda, contrariando os pedidos de “Power”, fecharam a apresentação com um clássico de 1988, Dr. Stein. Houve ainda uma inesperada “invasão” do palco, onde fãs, dentre os quais o baixista do Stratovarius, vestidos com jalecos se juntaram ao grupo para finalizar a noite.

Para quem gosta e conhece a cena do metal mundial, certamente essa foi uma noite memorável, em que os headbangers tiveram a oportunidade de presenciar dois dos maiores representantes do estilo, comprovando que ainda permanece em plena pulsação e há de durar ainda por muito tempo.

Por Juliana Oliveira

Um comentário:

  1. Muito boa a reportagem Juliana, com credibilidade e factual como devem ser todas reportagens de um jornalista. Você já é uma de grande inteligência, que está no inicio de uma carreira promissora concerteza. Parabenizo você pela bela reportagem, e enfatizo, shows como esses é que realmente leva o público a delírio e onde são vistos os verdadeiros artistas, independentemente do estilo musical.
    Parabéns mais uma vez.

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