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4 de junho de 2013

Choque Cultural inaugura primeira exposição individual de Tec no Brasil


Artista argentino exibe pintura sobre um Fusca 67 e telas em grandes formatos

Será inaugurada no dia 11 de junho, às 19h,a exposição “Como conseguir tintas”, deTec, na Galeria Choque Cultural, na Vila Madalena. A mostra apresenta pinturas sobre um automóvel e telas, além de registros fotográficos de intervenções que o artista desenvolveu em ruas de São Paulo. Essa é a primeira exposição individual em solo brasileiro de Tec, que integrou a coletiva “De dentro e de fora”, realizada em 2011 no MASP.

Com lugar de destaque no stand da Choque Cultural em sua participação na feira argentina de arte ArteBA, que acontece no final do mês de maio, Tec exibe na sede da galeria telas de grandes dimensões, sendo três delas inéditas, além de pintura feita à mão sobre um Fusca 67. A utilização do automóvel, um dos símbolos de São Paulo, onde reside há pouco mais de um ano, é fruto da influência dos elementos deste cotidiano em seu trabalho.

Em ambos os suportes as pinturas apresentam as principais características do universo artístico de Tec: o realismo mágico e o equilíbrio entre o humor e a tragédia humana. Exilado político com apenas um ano, seus traços revelam flagelos figurados corporalmente. “O exílio é um flagelo da alma”, afirma Tec.

Além das pinturas, “Como conseguir tintas” contará ainda com fotografias de intervenções urbanas feitas por Tec sobre o asfalto de suas do bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo: o “Ratão” e a “Lagartixa”.

Sua primeira exposição solo no Brasil é um convite a conhecer mais a fundo as suas criações, que tem como alicerce principal o desenho. Foi partindo desses traços que Tec, em meio à crise econômica enfrentada por seu país de origem na última década, migrou para o muralismo de rua. Em sua atual fase de produção, o artista argentino mantém constante diálogo com a arte urbana, tanto em forma quanto em conceito.

Tec

O artista argentino é responsável pelas últimas intervenções feitas nas ruas da Pompéia, em São Paulo, como “Ratão” e “Lagartixa”. Nascido em Córdoba, Argentina, foi influenciado pela cultura urbana, graffiti, viagens e bandas de rock. Também estudou desenho gráfico na Universidad de Buenos Aires e complementou seus estudos com fotografia, serigrafia, animação e vídeo, além de juntar-se ao coletivo FASE. Tec tem como base de seu trabalho o desenho, mas após a crise econômica de 2001, na Argentina, passa a trabalhar com muralismo de rua. Foi um dos artistas da exposição coletiva “De dentro e de fora”, realizada no MASP, que trouxe artistas internacionais ao Brasil.

 Serviço

“Como conseguir tintas”, por Tec @ Galeria Choque Cultural
Abertura: 11 de junho às 19h
Período expositivo: 12 de junho a 31 de julho
Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena, São Paulo
Telefone (11) 3061-2365
www.choquecultural.com.br
galeria@choquecultural.com.br
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, sábados das 13h às 18h
Grátis/ Livre

20 de março de 2013

Coletiva Choque 2013 apresenta as apostas da galeria



Choque Cultural mostra trabalhos inéditos de Carlos Dias, Daniel Melim, Jaca, Rafael Silveira, Speto, Stephan Doitschinoff e Tec, bem como instalações de Znort e Coletivo BijaRi

No dia 02 de abril, às 19h, a Choque Cultural abre sua primeira exposição coletiva do ano, a Coletiva Choque 2013. Nesta mostra, os artistas da nova fase da galeria, Speto, Stephan Doitschinoff, Daniel Melim, Carlos Dias, Rafael Silveira, Jaca e Tec apresentam algumas obras inéditas. Já o artista Znort e o Coletivo BijaRi desenvolvem instalações especiais. A exposição fica em cartaz até 11 de maio.

"2 verdades", por Stephan Doitschinoff

“A Coletiva pretende mostrar a diversidade de linguagens das quais se ocupam seus artistas e como se dão as pesquisas por eles administradas. Do espaço público para o atelier, da fotografia para a escultura, do desenho para a instalação, do mural para a tela, do vídeo para a performance. A hibridação de suportes e o experimentalismo são a tônica da mostra”, explica Baixo Ribeiro, curador e sócio-fundador da Choque Cultural.

O público deve conferir pinturas inéditas dos artistas Daniel Melim, Jaca, Rafael Silveira, Speto, Stephan Doitschinoff, do argentino Tec e Carlos Dias, que esteve com uma exposição individual no Paço das Artes recentemente. Já o artista Znort exibe um grupo de esculturas antropomórficas, instalações de parede e uma nova série de desenhos bordados em feltro, além de uma grande escultura em bronze e madeira. O Coletivo BijaRi apresenta esculturas com iluminação programada e também uma foto-lenticular (onde se vê imagens diferentes dependendo do ângulo em que se olha). 

Ainda para a semana de abertura da exposição, paralelo à SP-Arte, no dia 04 de abril, quinta-feira, às 18h, O Coletivo BijaRi convida o público para participar de uma obra-imersão, um “passeio” pelos becos da Vila Madalena, num percurso criado pelos próprios artistas do coletivo, onde serão vistas a nova série de obras-verdes (instalações compostas de objetos e plantas, como o carro-verde que estará exposto no espaço público no final do circuito). A obra chama atenção para o rio que corre escondido por baixo das ruas percorridas e desvenda problemas recorrentes da urbanização da cidade. 

"Los lenguas negras", por TEC BijaRi
Formado em 1996, por arquitetos e artistas, é um centro de criação de artes visuais e multimídia. Desenvolvendo projetos em diversos suportes e tecnologias, o grupo atua entre os meios analógicos e digitais propondo experimentações artísticas, sobretudo de caráter político. Intervenções urbanas, performances, instalações, video-arte, design e arquitetura tornam-se meios para estabelecer possibilidades de vivências onde a crítica é o ponto focal. O coletivo é considerado hoje um dos principais produtores de vídeo mapping no Brasil, pesquisando diferentes aplicações para a técnica de vídeo com mapeamento, além de ter sido eleito pela revista Time Out (Londres) um dos cinco melhores grupos de VJ’s do mundo. Mais informações: www.bijari.com.br

Carlos Dias
Nasceu em Porto Alegre, em 1973. Seu pai era musico e desenhava. Carlos o acompanhava quando fazia os cartazes de sua banda e os colava pela cidade. Aos 12 anos já escrevia o seu nome nas ruas em Porto Alegre e desenhava logos de bandas que gostava. Sempre teve um impulso de desenhar e escrever em qualquer lugar. Em 1988 se mudou para So Paulo. Por volta de 1992 começou a trabalhar na MTV, onde desenvolveu animações, vinhetas e chamadas. Continuou desenhando. Também começou a fazer cartazes de shows de bandas dele mesmo e de outros, capinhas de fita K7, CD’s, zines, além de estampas para camisetas. Em 1995 saiu da MTV e foi trabalhar em uma produtora que organizou diversos shows como Fugazi, Superchunk, entre outros. Ao final dos anos 90 começou a fazer adesivos e pôsteres com desenhos de sua autoria e os distribuía e colava aleatoriamente. Nessa mesma época começou a pintar em telas e suportes de madeira e fez sua primeira exposição em uma casa noturna, com curadoria de Carlos Issa. Paralelamente tocou nas bandas Megaforce, Tube Screamers, Againe, Diluentes, Polara e Caxabaxa, além de compor músicas para outras bandas. Foi concentrando seu trabalho na pintura e desenho, então realizou pequenas exposições até começar a trabalhar com a galeria Choque Cultural em 2005. Desde então, Carlos desenvolve seu trabalho de diversas maneiras como desenhos, pinturas em murais, vídeos, musica, instalações com objetos, e pintura em tela. Atualmente mora em Florianópolis, e se dedica em tempo integral a pintura. Seus trabalhos já foram expostos em diversas galerias no exterior e no prestigioso Museu de Arte de Sao Paulo, Masp. Mais informações: carlosdiasaoseualcance.tumblr.com

Daniel Melim
Daniel Melim nasceu em São Bernardo do Campo, em 1979. Aprendeu a pintar, fazendo graffiti, mas depois estudou artes e pós graduou-se em Linguagens Visuais pela Faculdade Santa Marcelina. Começou a trabalhar com a Choque Cultural em 2005. Também participou de exposições no Memorial da América Latina (2006), Museu Afro Brasil (2006), Bienal de Valência (2007), Cans Festival, promovido pelo artista Banksy, em Londres (2008), e da exposição De dentro para fora/ De fora para dentro, que levou cerca de 140 mil pessoas ao MASP entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010. É responsável também por um grande mural em frente à Pinacoteca de São Paulo.

Daniel Melim desenvolve voluntariamente o Projeto Limpão, um site specific em proporção gigantesca, em São Bernardo do Campo. Trata-se da ocupação de todo um morro, com pinturas nas fachadas das casas, nos corredores e praças do local. As casas do bairro são construídas pelos próprios moradores, num típico exemplo da arquitetura urbana paulista, sem pertencer a um projeto urbanístico coerente. Esse trabalho de fôlego não tem data pra acabar: ele vai sendo construído aos poucos, em parceria com ‘o pessoal da capoeira’, nos fins de semana, com a anuência e admiração da comunidade.

Jaca
Paulo Carvalho nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1957. Vive e trabalha em São Paulo. Começou a carreira ilustrando para jornais e revistas, e já nos anos 80 tornou-se uma referência internacional no cenário dos quadrinhos e ilustração. Começou a trabalhar com a Choque Cultural em 2006 e desde então, tem expandido o seu trabalho artístico para além da pesquisa gráfica. Incorporando elementos do seu antigo metiê, o artista desenvolve novas linguagens, como livros-objeto, colagens e assemblages. Jaca é um criador de mundos com imaginário e narrativas próprias, da intensidade semelhante a Bosch e Murakami. Nas pinturas de grandes dimensões o artista tem sintetizado o seu pensamento visceral, em trabalhos extremamente elaborados, o que mantém o artista por meses trabalhando uma única tela.

Rafael Silveira
Rafael Silveira é paranaense e atualmente mora em Curitiba. Seu processo criativo é desenvolvido sobre uma constante pesquisa de imagens aliada à imaginação do artista. Um de seus diferenciais é a escultura das molduras, que complementam os quadros com tipologias e ornamentos entalhados. Silveira começou no final dos anos 80, ainda criança, e já apresentou quadrinhos em fanzines e revistas independentes de todo o Brasil, chegando a publicar um HQ pela editora americana Dark Horse. Desde 2004 faz pintura a óleo figurativa. Suas pinturas já passaram por galerias dos principais centros brasileiros e também nos EUA.

Seu trabalho é marcado também pelo surrealismo – ele costuma deformar as perspectivas, mudar cores e formas – e os comix das décadas de 50 e 60. É possível enxergar uma conexão com o rock, o jazz, pinups e anúncios publicitários antigos. No final de 2007, um livro compilando o melhor de seus trabalhos foi lançado pela editora Arte e Letra: “Mulheres, Chapéus Voadores e Outras Coisas Legais”. Em 2008 assinou a série de pinturas que ilustra o álbum do grupo Skank, “Estandarte”, e lançou o seu segundo livro: “Pop Surreal”, também pela Arte e Letra. Em 2012, participou da coletiva The Blab Show 2012 na Califórnia que foi um preview da edição de 2013 da conceituadíssima publicação anual Blab World. Além disso, foi convidado para expor cartazes de shows de rock em uma coletiva no museu de Arte Moderna do Recife. Mais informações: www.rafaelsilveira.com

Speto
Nascido em 1971, em São Paulo, começou a grafitar na década de 80 e é considerado hoje um dos maiores artistas da street art brasileira. Desde o início do seu trabalho com arte, Speto já colecionava referências urbanas, observadas durante seus anos de trabalho direto com marcas de skate. Seu trabalho começou a aparecer em diferentes nichos, era possível ver o graffiti criando força em capas de CDs (O Rappa, Nação Zumbi, Raimundos, Planet Hemp e Marcelo D2), cenografia, fanzines, videoclipes e nas próprias ruas de Sao Paulo. 

Speto foi pioneiro, fez o casamento das culturas do Cordel com o Hip Hop. Desenhou em cidades, como Paris, Berlim, Nova York, Moscou e Londres. Além disso, vale destacar as exposições que assinou: em Berlim, no Mundial de Futebol de 2006 - Copa da Cultura; no Museu AfroBrasil em 2008 - Território Ocupado; em NY, na Jonathan Levine Gallery - Ruas de São Paulo; na Choque Cultural - Individual e, por fim, a exposição realizada na Inglaterra, em 2007, na Ocontemporary - Cor da Rua. Mais informações: www.speto.com.br

Stephan Doitschinoff
Natural de São Paulo, pertence a uma nova geração de artistas brasileiros que têm merecido um especial interesse e atenção dentro do panorama da arte contemporânea internacional. O seu currículo inclui mostras em espaços de grande relevância como o Museu de Arte de São Paulo (MASP) ou o Museu de Arte Contemporânea de San Diego (MCASD), resultado da crescente visibilidade e prestigio que o seu trabalho tem vindo a adquirir junto da mídia, críticos e públicos nacionais e internacionais. 

Hoje a obra de Stephan Doitschinoff desdobra-se em diferentes vertentes que vão desde a intervenção em arte pública, instalações em contexto museológico, pintura, vídeo e performance. Em todas estas abordagens é perceptível uma unicidade na sua estética, nos seus conteúdos, no corpo de investigação e a sua relação de profundo interesse e conhecimento relativamente a um amplo número de códigos sincréticos.

Artista revelação 2009 pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Stephan Doitschinoff apresenta no seu trabalho uma linguagem densamente referencial e codificada. Envolvido numa roupagem recheada de elementos iconológicos religiosos e folclóricos, pode-se vislumbrar a inclusão de elementos pertencentes à outra dimensão política e filosófica que é inerente ao seu discurso crítico emancipatório. Os seus templos são espaços para a reflexão do “novo homem” e do seu lugar dentro num mundo  povoado por velhas hegemonias. Mais do que referências religiosas, a pintura e as demais vertentes da obra de Stephan Doitschinoff ilustram narrativas de denúncia, renúncia e afirmação. Mais informações: doitschinoff.com

Tec
O artista argentino é responsável pelas últimas intervenções feitas nas ruas da Pompéia, em São Paulo, como “Ratão” e “Lagartixa”. Nascido em Córdoba, Argentina, foi influenciado pela cultura urbana, grafitti, viagens e bandas de rock. Também estudou desenho gráfico na Universidad de Buenos Aires e complementou seus estudos com fotografia, serigrafia, animação e vídeo, além de juntar-se ao coletivo FASE (www.mundofase.com). Tec tem como base de seu trabalho o desenho, mas após a crise econômica de 2001, na Argentina, passa a trabalhar com muralismo de rua. Foi um dos artistas da exposição coletiva De Dentro e De Fora, realizada no MASP, que trouxe artistas internacionais ao Brasil. 

Znort
Guilherme Neumann nasceu em Ubatuba, 1984. Bacharel em Artes Visuais pela faculdade de Belas Artes de São Paulo. Desenvolve sua pesquisa especialmente no campo da escultura e do desenho. Znort constrói seu universo com um pé na delicadeza e outro no bizarro. O imaginário onírico do artista é apresentado por meio de personagens e paisagens surreais. Na sua permanente pesquisa, o artista transita entre o bi e o tri dimensional, levando o desenho a transcender as superfícies planas enquanto o seu pensamento escultórico traça linhas que cortam, dividem e decompõem espaços físicos e subjetivos. Mais informações: zznort.tumblr.com

Sobre a Choque Cultural
A Galeria Choque Cultural foi fundada pelos arquitetos Mariana Martins e Baixo Ribeiro e pelo historiador Eduardo Saretta, abrindo as portas para o público em 02 de novembro de 2004. Em poucos anos de atuação no mercado, tornou-se referência na investigação de novas linguagens e hibridações no campo da arte contemporânea apresentando jovens artistas ao lado de nomes já consagrados e internacionais, investindo em intercâmbios, residências, exposições, colaborações, imersões, projetos institucionais e de arte pública.

Seu programa promove a pesquisa, a experimentação e o diálogo, através do contato direto com públicos diversos, de uma intensa produção editorial e de importantes parcerias institucionais. Uma história de relevância conceitual e forte empatia com novos públicos embasou a seleção do corpo de artistas representados pela galeria atualmente.

Coletiva Choque Cultural 2013
Artistas: Carlos Dias, BijaRi, Daniel Melim, Jaca, Rafael Silveira, Speto, Stephan Doitschinoff, Tec e Znort
Abertura: 02 de abril, às 19h
Período expositivo: 03 de abril a 11 de maio
Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: (11) 2678-6600
www.choquecultural.com.br
galeria@choquecultural.com.br   
Grátis
Livre

26 de janeiro de 2011

Exposições do brasileiro Rafael Silveira e do americano Adam Wallacavage abrem o calendário da Choque Cultural em 2011



Mescla de pop e barroco em duas individuais a partir de 29 de janeiro. Rafael Silveira apresenta “Curiosa Symphonia Para Orquestras de Cores e Formas" e Adam

Wallacavage realiza a mostra “Coração Frio da Princesa”

Com abertura em 29 de janeiro, a Choque Cultural apresenta duas exposições. Uma delas, apresenta o novo trabalho de Rafael Silveira, que tem se destacado no cenário contemporâneo nacional: “Curiosa Symphonia Para Orquestras de Cores e Formas” mostra 12 obras a óleo. O americano Adam Wallacavage também apresenta novidades na exposição “Coração Frio da Princesa”.

Segundo o galerista Baixo Ribeiro, há uma conexão entre os dois artistas, por isso reuni-los em individuais na mesma galeria: “Os dois artistas têm um pé no pop e outro no barroco. O trabalho de escultura que está presente nas molduras de Rafael Silveira dialoga com as esculturas de Adam Wallacavage, por exemplo. Eles representam uma volta do trabalho rebuscado e escultural, só que agora com uma visão e linguagem jovem e atualizada”.

Coração Frio da Princesa, de Adam Wallacavage www.adamwallacavage.com
Esta é a segunda exposição de Adam Wallacavage na Choque Cultural (participou da coletiva Americana em 2009, ao lado de Tara McPherson, Jim Houser e Doze Green). O artista mostra, na maioria de seus trabalhos, a forte influência que o oceano e as velhas igrejas exercem sobre ele. Em Coração Frio da Princesa, Adam deve mostrar 10 obras aproximadamente.

Adam tem 41 anos e é um artista surpreendente, importante representante do chamado Pop Surrealismo norte-americano. Adam é escultor e fotógrafo e já expôs em museus, como Institute of Contemporary Art in Philadelphia, The Yerba Buena Center for the Arts in San Francisco, The Laguna Beach Museum of Art, na Califórnia, Portsmouth Museum of Art em New Hampshire, e The Bristol City Museum of Art (que Adam destaca por ter apresentado seus trabalhos ao lado de diversos artistas sob curadoria de Richard Scarry). Adam Wallacavage também participa há quatro anos da Art Basel, uma das maiores feiras de arte do mercado.

A maioria de seus famosos "lustres" é feita de um tipo de gesso sintético chamado drystone, recoberto de pó iridescente e resinado para serem usados como lustres elétricos. Geralmente, levam de uma semana a um mês para ficarem prontos. Animado por vir ao Brasil novamente, Adam preparou novos candelabros em forma de polvo: “adoro trabalhar com lustres e com as formas do polvo, principalmente. Também tenho intenção de fazer alguns painéis nas paredes e desenvolver algumas peças além dos candelabros já em solo brasileiro”, adianta o artista.

Em suas obras, ele fala sobre a beleza romântica do amor, inspirado pela natureza. “Me inspiro vendo as igrejas antigas da Filadélfia desmanteladas e o trabalho de velhos artesãos destruído. Justamente por ser fotógrafo, busquei uma casa selvagem na Filadélfia repleto de detalhes clássicos para criar um cenário divertido, fantástico e vitoriano, perfeito para fotos. Esse é o principal motivo que me levou a criar lustres e candelabros. Busco incrementar minhas habilidades com a ideia de que a decoração é uma ótima maneira de expressar devoção, alegria, medo e beleza. Vou juntando, em meu ateliê, peças e partes de antiguidades e coisas curiosas que encontro para observá-las atuando em conjunto na obra”, conta o artista sobre suas inspirações e processo criativo.

Curiosa Symphonia Para Orquestras de Cores e Formas, de Rafael Silveira www.rafaelsilveira.com
Rafael Silveira é um paranaense de 32 anos e mora em Curitiba há 23. O nome de sua mostra saiu do livro “Classical Oil Painting”, mais especificamente de um capítulo que fala sobre a ligação entre cores e harmonia musical, elementos importantes em sua produção – Rafael é trompetista, arrisca nos vocais e já teve uma banda chamada Los Diaños. Essa é a segunda exposição individual de Silveira na galeria paulistana e revela uma evolução e certa complexidade em seu processo criativo que é desenvolvido sobre uma constante pesquisa de imagens aliada à imaginação do artista que, na maioria dos casos, completa a obra. Um de seus diferenciais é a escultura das molduras, que complementam os quadros com tipologias e ornamentos entalhados.

Rafael Silveira conta que sua obra, que reúne um pouco do rococó e dos quadrinhos, é uma busca pelo equilíbrio. “Tento equilibrar elementos como beleza, uma dose de humor; crio um ambiente atemporal. A vida é assim; drama, comédia, calma e fúria. Procuro somar, pegar o que encontro de melhor em cada período, em cada movimento artístico, e dessa mistura criar minha própria linguagem. E eu nunca me contentei em demarcar um território, a não ser que ele fosse exuberante, exótico e profundo como um distúrbio mental”, completa Silveira que cita gibis da Fantagraphics, velhos livros de anatomia, Basil Wolvertoon e Robert Crumb como referência.

Seu trabalho é marcado também pelo surrealismo – ele costuma deformar as perspectivas, mudar cores e formas – e os comix das décadas de 50 e 60. “Há ainda uma certa elegância e inocência nessas imagens”. É possível enxergar uma conexão com o rock, o jazz, pinups e anúncios publicitários antigos.

Silveira começou no final dos anos 80, ainda criança, e já apresentou quadrinhos em fanzines e revistas independentes de todo o Brasil, chegando a publicar um HQ pela editora americana Dark Horse. Desde 2004 faz pintura a óleo figurativa. Suas pinturas já passaram por galerias dos principais centros brasileiros e também nos EUA. No final de 2007, um livro compilando o melhor de seus trabalhos foi lançado pela editora Arte e Letra: “Mulheres, Chapéus Voadores e Outras Coisas Legais”. Em 2008 assinou a série de pinturas que ilustra o álbum do grupo Skank, Estandarte, e lançou o seu segundo livro: “Pop Surreal”, também pela Arte e Letra. Em 2009, participou da SP-Arte pela primeira vez.


“Curiosa Symphonia Para Orquestras de Cores e Formas", de Rafael Silveira
“Coração Frio da Princesa”, de Adam Wallacavage

Choque Cultural
Abertura: 29 de janeiro de 2011
De 1 de fevereiro a 12 de março de 2011
Rua João Moura, 997 e 1001, Pinheiros, São Paulo
Telefone: (11) 3061-4051
galeria@choquecultural.com.br
Terça-feira a sábado, das 12h às 19h
Grátis
Livre

10 de dezembro de 2010

Novas gravuras e bate-papo no Choque Cultural


Choque Cultural promove lançamento de gravuras exclusivas de Samuel Casal e Stephan Doitschinoff, além de conversa com Felipe Lopez

Em novembro, a Choque Cultural agregou a casa vizinha ao seu QG, com foco em projetos educativos, na criação de uma biblioteca especializada em livros de arte urbana e contemporânea, realização de workshops e conversas com artistas e púbico, além da venda de obras a menos de R$ 5 mil.

Neste sábado, dia 11 de dezembro, às 15h, portanto, a Choque Cultural realiza uma conversa com o artista Felipe Lopez que vai discorrer sobre o processo criativo da exposição vigente, Obra de Construção, em cartaz até 23 de dezembro. Ele apresenta uma série inédita de colagens em que desconstrói fotografias impressas em etiquetas adesivas. Suas obras ganham e perdem volume enquanto retratam construções urbanas de bairros tradicionais de São Paulo, principalmente a Mooca. Sua ideia é usar as etiquetas como se fossem píxeis manuais, em que a fotografia é o objeto, o suporte e a linguagem. Nesta conversa, o paulistano Felipe Lopez fala também sobre como se transformou em Lomolopez (www.lomolopez.com) e sua experiência, em 2010, no Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia, atualmente uma das maiores iniciativas culturais do país, ligadas à fotografia.

Além disso, o artista Stephan Doitschinoff lança uma edição especial de gravura. Doitschinoff, que integrou a exposição De dentro para fora/ De fora para dentro, no MASP, e foi eleito Artista Revelação de 2009 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), apresenta a gravura sob título Céus Abertos, com tiragem de 100 exemplares produzidos em serigrafia. Dourada e com aplicações de preto e vermelho, foi feita em parceria com o Estúdio Elástico (serigrafia) e a Gráfica Fidalga (tipografia).

Trata-se da primeira gravura lançada pelo artista em três anos e representa uma caveira de ponta cabeça com a mandíbula virada em referência aos simbolismos estudados pelo artista, além de ser uma continuação da sua exposição CRAS, apresentada em abril no Acervo da Choque. Entre suas mais recentes atividades, o artista instalou a escultura A Mão nas imediações do Museu Afro-Brasil, no Ibirapuera, 1,80 metro de altura toda em cerâmica, com símbolos em baixo relevo – iniciativa do artista consolidada por meio do Prêmio Interações Estéticas em Pontos de Cultura, da Fundação Nacional das Artes e do Ministério da Cultura (MinC) do Governo Federal.

Em 18 de dezembro, às 15h, é a vez de Samuel Casal lançar seu Cordel from Hell. Samuel Casal é gaucho e conhecido por seu trabalho como ilustrador, gravurista e quadrinista no Brasil, na Alemanha, Argentina, Bolívia, Chile, Espanha e França. Sua experiência já lhe rendeu oito troféus HQMIX, sendo três deles como Melhor Ilustrador e outro como Melhor Roteiro, ao lado de Adriana Burnstein pelo “Prontuário 666 – Os Anos de Cárcere de Zé do Caixão” (Editora Conrad), história em quadrinhos que integra a trilogia do cineasta brasileiro José Mojica Marins.

Seu trabalho de ilustração, muitas vezes, remete esteticamente à técnica da gravura, apesar de ser concebido de forma digital, com vetores. “Quando percebi essa influência, resolvi percorrer o caminho inverso: aprender a técnica primitiva que origina esse resultado visual que eu busco digitalmente e aplicá-la de uma forma mais contemporânea”, conta Casal. A partir dessa idéia original, desenvolveu a série de 14 gravuras, sendo 20 exemplares de cada, intitulada Cordel from Hell. É um tributo à literatura de cordel nordestino, que utiliza as xilogravuras como ilustração e que, por muitas vezes, tem como tema embates religiosos e sobrenaturais. Clicando aqui, é possível ver o processo criativo dessa série.

Sábado, 11 de dezembro de 2010 @ Choque Cultural, às 15h
Conversa com Felipe Lopez
Lançamento da gravura Céus Abertos, de Stephan Doitschinoff

Sábado, 18 de dezembro de 2010 @ Choque Cultural, às 15h
Lançamento série Cordel from Hell, de Samuel Casal

Obra de Construção por Felipe Lopez @ Choque Cultural
De 4 a 23 de dezembro (a galeria reabre em 11 de janeiro de 2011)
Rua João Moura, 997 e 1001, Pinheiros, São Paulo
Telefone: (11) 3061-4051
www.choquecultural.com.br
galeria@choquecultural.com.br
Terça-feira a sábado, das 12h às 19h
Grátis
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