Cada vez mais tecnológicos, os carros dependem desses “chips” para executarem as mais diversas funções
Marcos Gonzalez*
O mercado automotivo vive um momento particularmente paradoxal. A demanda está aquecida, mas as fábricas só têm como atendê-la parcialmente. O problema maior, e que vai perdurar certamente até todo primeiro semestre do próximo ano, é a falta crônica de semicondutores. Cada vez mais tecnológicos, os carros dependem desses “chips” para executarem as mais diversas funções desde simplesmente ligar até permitir acesso às uma infinidade de funcionalidades vitais.
Estima-se que, até o final deste ano, em todo o mundo, perto de nove milhões de automóveis deixarão de ser produzidos por conta da carência desse componente. A Anfavea projeta que, no Brasil, perto de 240 mil unidades deixarão de ser produzidas em 2021. O problema fica ainda mais grave porque, pela lei da oferta e da procura, semicondutores estão com preços exageradamente inflacionados e a pressão nos custos dos automóveis vem prejudicando toda cadeia automotiva.