6 de abril de 2011

VI Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas


De 27 a 30 de abril em São Paulo
Parques Trianon, Mario Covas e Casa das Rosas recebem 15 espetáculos gratuitos
Artistas da Europa, Américas e Ásia dançam na avenida Paulista

Inspirado nas figuras desproporcionais de Botero, o grupo belga Irene K. dança com maçãs; a cia. turca

Taldans coloca geladeira em cena de Dolap; e Maren Strack, da Alemanha, faz coreografia com pneus

Mais de trinta bailarinos de sete países, de três continentes, mostram o que está sendo feito em dança pelo mundo, precisamente em paisagens urbanas, no cartão-postal da cosmopolita São Paulo, a avenida Paulista, de 27 a 30 de abril (quarta a sábado) de manhã, à tarde e à noite. O VI Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas divide 16 espetáculos gratuitos em três espaços: o jardim da Casa das Rosas e os parques Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Trianon, e Mario Covas.

Na abertura, uma geladeira, um homem (Mustafa Kaplan) e uma mulher (Filiz Sizanli), da companhia turca Taldans (pela primeira vez em São Paulo), fazem uma coreografia “a três” em Dolap, dia 27 (quarta), 11h30, no parque Mario Covas. Logo em seguida, cinco bailarinos da Proyecto La Casa, de Montevidéu, encenam um encontro fortuito entre estranhos.
A performer Maren Strak, que mora em Berlim, faz apresentação tripla de Estepe, solo em que dança com pneus inspirado nas corridas de carros norte-americanas, realizadas em pistas com forma de 8 - duas no parque Mario Covas (quarta e quinta) e outra, no jardim da Casa das Rosas (sexta).

A companhia da americana Maida Withers, que mescla movimento e tecnologia, mostra Limites Cruzados, dança-teatro baseada nas torturas impostas a prisioneiros no Iraque e em Guantánamo, com vocal e violoncelo ao vivo, no parque Mario Covas, quinta-feira (dia 28/4) e na Casa das Rosas, sexta.

Sexta-feira, dia dedicado às atrações brasileiras, a Artesãos do Corpo dá vida à instalação coreográfica Olhar Urbano. Em um jogo lúdico, os sete intérpretes buscam a interação com o espaço e o público, através de movimentos inusitados feitos em solos ou pelo grupo todo, na Casa das Rosas. “O cenário está aqui, as pessoas tomam contato ou lançam um novo olhar tendo a dança como interlocutora. O espaço altera menos a dança do que ela o influencia, lhe imprimindo outros significados. É uma celebração”, afirma Mirtes Calheiros, responsável pela coordenação artística geral do festival Visões Urbanas.

Outro destaque da programação, o grupo belga Irene K. participa do último dia (sábado), com Xtra Large (foto acima), usando figurinos inspirados nas figuras rotundas e desproporcionais do colombiano Fernando Botero, no parque Trianon.

Como em suas edições anteriores, o VI Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas leva ao pé da letra o título: todas as performances foram criadas para a rua, explorando a cidade como tema e/ou palco. O espaço urbano é o ponto de partida para a criação de coreografias integradas à arquitetura.

As atividades paralelas às apresentações dos bailarinos, como a mostra de videodança (na Casa das Rosas) e as duas palestras (no teatro Eva Herz, da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional), visam motivar no Brasil a pesquisa da linguagem dança-teatro em paisagens urbanas. “A meta é a criação de mecanismos criativos de intervenção da dança no cotidiano da cidade”, fala o produtor Ederson Lopes, um dos organizadores do festival.

A programação inclui dois eventos, fora da avenida Paulista: a oficina de hip-hop (no estúdio Artesãos do Corpo, em Santa Cecília) e a exposição de fotos São Paulo – Cidade que Dança sobre as edições anteriores do festival, na Caixa Cultural – Sé. A relação completa dos programas estará no blog www.festivalvisoesurbanas.blogspot.com, no comecinho de abril. Informações pelo telefone (11) 3667-5581.

Criado em 2006 por Mirtes Calheiros e Ederson Lopes, o Visões Urbanas faz parte da rede internacional CQD - Cidades que Dançam. Ela reúne festivais que integram a dança à paisagem urbana em 34 cidades de 18 países da América Latina e Europa. No Brasil, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo estão entre as cidades pertencentes à rede. O movimento surgiu em Barcelona em 1992 (informações no site: www.cqd.info).

A sexta edição tem patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Estado da Cultura, através do ProAC 2010 (Programa de Ação Cultural). Conta também com apoio do Instituto Goethe - SP, do Consulado Geral da Turquia em SP e do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.


Dia 27/04 (quarta-feira)
9h
Exposição fotográfica São Paulo – Cidade que Dança
Reúne imagens das edições anteriores do festival feitas por Fabio Pazzini, em um mosaico de momentos dançantes em São Paulo. Pontos significativos da cidade, como o Pateo do Colégio, serviram de cenário ao evento. Sem preocupação cronológica, a mostra busca um ponto de convergência entre o corpo e a metrópole, através da dança.
Duração: 27 a 30 de abril, das 9h às 21h
Onde: Caixa Cultural – Sé. Praça da Sé, 111, Centro. Tel. (11) 3321-4400.

11h30
Dolap, Cia. Taldans (Istambul, Turquia)
A dupla que já se apresentou no Brasil escolheu para o festival uma coreografia criada em 2000/1. O ponto de partida é "o corpo no trabalho". Um frigorífico precisa ser movido e dois bailarinos (um homem e uma mulher) assumem a tarefa. Enquanto dançam, a geladeira parece ganhar vida e aquilo que começou como um dueto termina como uma dança-teatro para três. O Taldans foi criado como um grupo de estudos no Theatre Research Laboratory (TAL), do Teatro da Cidade de Istambul, em 1996. Em 2000, Mustafa Kaplan e outros membros do grupo afastaram-se do teatro para montar seu espaço de criação de dança independente, o Cati Studio.
Coreografia: Mustafa Kaplan, com a colaboração de Filiz Sizanli e Omer Uysal
Bailarinos: Mustafa Kaplan e Filiz Sizanli
Figurino: Petra
Duração: 36 minutos
Onde: Parque Mario Covas (Av. Paulista, 1.853)

12h
Siredia/Sistema Relacional Dinâmico Adaptativo, Cia. Proyecto La Casa (Montevidéu, Uruguai)
A trama sugere um encontro fortuito na cidade entre dois estranhos, não há passado nem futuro. Pela pesquisa contínua em espaços urbanos e por ser um grupo representante da América do Sul participa pela segunda vez consecutiva do Visões Urbanas.
Concepção geral, produção e intervenção urbana: Valentina Bolatti e Mariana Marchesano
Performers: Mariana Marchesano, Patricia Mallarini, Nicolás Parrillo, Florencia Lucas e Santiago Turenne
Concepção fotográfica: Valentina Bolatti
Projeto e concepção cênica: Mariana Marchesano
Direção cênica: Mariana Marchesano e Patricia Mallarini
Desenho sonoro: Nicolás Parrillo
Realização audiovisual: Juan Ignacio Fernández
Montagem da instalação fotográfica: Vladimir Muhyich
Duração: 45 minutos
Onde: Parque Mario Covas

12h45
Estepe (Spare Tire), Maren Strack (Berlim, Alemanha)
Lida com o movimento e sua interrupção e com as quebras e riscos que emergem disto. O número 8, um padrão de movimento que permite um fluxo de energia fluido e ininterrupto, e a interrupção não planejada deste fluxo, construiu os elementos de movimento da coreografia com pneus. Estepe é um fragmento da performance Corrida do Número 8, inspirada nas corridas de carro norte-americanas em pistas em forma do número oito, onde acontecem batidas eventualmente. A escultora, coreógrafa, bailarina e musicista, que nasceu em Hamburgo e vive em Berlim, recebeu o prêmio especial alemão de Melhor Dança Solo. Durante os estudos na Academia de Belas Artes de Munique travou relação entre a escultura e o movimento/dança, desenvolvendo instalações cinéticas e performances-solos.
Coreografia e performance: Maren Stack
Figurino: Maren Strack e Sarah Pontius
Duração: 15 a 20 minutos
Onde: Parque Mario Covas

13h
Bem Me Quer – Estudo I Duo, coletivo Flores (Macaé, Rio de Janeiro, Brasil)
Participantes do projeto de intercâmbio internacional em dança urbana para o corpo feminino com a França, as duas intérpretes brasileiras mostram o resultado da sua pesquisa de linguagens na área. Pensando no corpo hip-hop como um lugar de identidade coreográfica mais masculinizada inclusive por mulheres, busca dar outro olhar a esta estética sem perder a força. “Bem Me Quer é um deslocamento de valores dentro das danças urbanas, numa brincadeira entre a rua e a cena”, fala a diretora Taís Vieira.
Direção e coreografia: Taís Vieira
Intérpretes-criadoras: Bia Popper e Dani Possidônio
Trilha sonora: Filipe Itagiba
Professores de corpo: João Carlos Silva, Rogério Araújo e Julius Mack
Duração: 20 minutos
Onde: Parque Mario Covas

13h30
Croatã, Cia. Artesãos do Corpo e Levante – Centro Integrado de Artes e Dança para Espaços Urbanos (São Paulo, Brasil)
Estreia do espetáculo que propõe uma onda de deslocamentos estéticos, colocando corpos para dançar em meio ao caos da cidade. A intervenção urbana une integrantes da Artesãos e alunos da primeira turma do Levante. A dança em paisagens urbanas; a experimentação contínua dos princípios de Rudolf Laban; a improvisação e a criação em ato; e o tripé antropologia-dança-cidade são linhas de pesquisa da Artesãos do Corpo desde sua formação, em 1999, pela bailarina, socióloga e pesquisadora do movimento Mirtes Calheiros. A companhia é formada por atores/bailarinos e pesquisadores de artes cênicas e apresenta mostra-repertório no festival, com Croatã, Olhar Urbano e Cadência.
Direção: Mirtes Calheiros
Intérpretes Cia. Artesãos do Corpo: Bárbara Freitas, Ederson Lopes, Elder Sereni, Gisele Ross, Ken Kronaz, Mirtes Calheiros e Rodrigo Caffer. Intérpretes Levante: Carolina Vasconcelos, Jeanice Ferreira, Marcia Gorenzvaig, Margarita Hernandez, Odete Machado e Wladia Beatriz
Coprodução: Levante – Centro Integrado de Artes e Dança em Espaços Urbanos
Duração: 25 minutos
Onde: Parque Mario Covas

19h às 21h30
Workshop Hip-hop Experiências do Corpo, com Taís Vieira (Macaé, Rio de Janeiro, Brasil)
A pesquisadora e coreógrafa Taís Vieira coordena oficina de danças urbanas, principalmente o hip-hop. “É possível mover-se entre diferentes técnicas, trazendo ao corpo múltiplas possibilidades para brincar entre a dança e o gesto”, diz a diretora e coreógrafa do coletivo Flores e presidente do Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip-hop, em Macaé.
Duração: 2h30
Público-alvo: Interessados na cultura hip-hop, bailarinos, atores, performers, estudantes de teatro e dança.
Inscrições através do e-mail: levantecentro@hotmail.com
Número de vagas: 15
Onde: Estúdio Artesãos do Corpo (Rua Martim Francisco, 661, Santa Cecília. Tel. 3667-5581).


DIA 28/04 (quinta-feira)
10h30
Palestra Ma - o Espaço Intervalar com Michiko Okano (São Paulo, Brasil)
Professora de história da arte da Ásia na Universidade Federal de São Paulo e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, a japonesa que mora no Brasil desde os 8 anos fala sobre a espacialidade Ma, elemento cultural oriental explorado nas artes cênicas, que concebe o espaço de forma mais flexível, vendo-o com disponibilidade para mutação. Sua tese de doutorado Ma: Entre-espaço da Comunicação no Japão - Um Estudo Acerca dos Diálogos entre Ocidente e Oriente investiga possibilidades de tradução do Ma; conceito que representa um entre-espaço, de onde e quando acontece o processo de comunicação com múltiplas abordagens: a conjunção tempo-espaço; um espaço vazio, de tudo poder ser; ou um espaço intervalar entre dois movimentos corporais.
Duração: uma hora e trinta minutos
Onde: Teatro Eva Herz (166 lugares), Livraria Cultura. (Av. Paulista, 2.073)

17h
Despacho – Experimento Coletivo, Cia. Ltda. (Maceió, Brasil)
O solista procura uma relação entre o corpo que se movimenta e a atenção do público. A meta é fazer com que o ambiente incentive a coreografia. A performance trata das tentativas de encontrar sabor nos relacionamentos humanos e propõe ao espectador a dança como meio de contato. Em abril, participará do Tanzilpulse, em Salzburgo, ligado ao Impulstanz, festival internacional de Viena, na Áustria. A Cia. Ltda. foi criada em Maceió em 2006.
Concepção e performance: Jorge Schutze
Duração: 30 minutos
Onde: Parque Mario Covas (Av. Paulista, 1.853)

17h30
Estepe, Maren Strack (Berlim, Alemanha)
Segunda apresentação da multiartista que nasceu em Hamburgo e vive em Berlim nesta edição do Visões Urbanas. Durante os estudos na Academia de Belas Artes de Munique, ela estabeleceu relação entre a escultura e o movimento/dança, desenvolvendo solos e instalações cinéticas. Estepe é um fragmento da performance Corrida do Número 8, inspirada nas corridas de carro norte-americanas em pistas com forma do número oito.
Coreografia e performance: Maren Stack
Figurino: Maren Strack e Sarah Pontius
Duração: 20 minutos
Onde: Parque Mario Covas

18h
Happy Hour, Cia. Adarte - Associazione Danza Arte Teatro (Siena e Florença, Toscana, Itália)
Os dançarinos se movem ao longo de caminhos circulares desenhados no chão, com uma linguagem corporal sensual e agressiva. Transitando do jazz ao funk-soul e blues, sem intenção narrativa, o trabalho é baseado na ideia de espaço circular.
Direção e coreografia: Francesca Lettieri
Bailarinos: Luca Campanella, Francesca Lettieri e Marta Bevilacqua
Produção: Luca Losi
Duração: 35 minutos
Onde: Parque Mario Covas (Av. Paulista, 1.853)

18h40
Limites Cruzados (Parte II – Abu Ghraib), Cia. Maida Withers Dance Construction (Washington, EUA)
Dança-teatro sobre o abuso e a exploração humana, com radicais vocais e violoncelo ao vivo. A coreografia e o filme projetado são baseados nas fotografias das torturas e humilhações impostas a prisioneiros iraquianos de Abu Ghraib, complexo penitenciário na cidade homônima (32km de Bagdá) e em fotos chocantes tiradas em Guantánamo, prisão militar dos Estados Unidos em Cuba, onde os prisioneiros (encarcerados como terroristas globais) foram vendados e forçados a ficar nus, rastejar sobre as mãos e joelhos com uma corda amarrada em volta do pescoço. Para o VI Visões Urbanas, três artistas atuarão em Abu Ghraib, segunda parte de Limites Cruzados, com música eletrônica original de Steven Hilmy. A temática social e política e a união de dança e tecnologia marcam o estilo de Maida Withers, que coreografa desde os anos 1960.
Coreografia: Maida Withers
Cineasta: Linda Lewett
Bailarinos: Maida Withers e Anthony Gongora
Compositora e musicista (violoncelo, vocais e eletrônicos): Audrey Chen
Duração: 25 minutos
Onde: Parque Mario Covas

DIA 29/04 (sexta-feira)
10h30
Palestra Internet – Outro Espaço para a Dança, com Ana Francisca Ponzio (São Paulo) e Gabriela Baptista (Rio de Janeiro)
Debate sobre a divulgação da dança contemporânea nos meios de comunicação através da experiência de dois sites e suas criadoras e coordenadoras: Gabriela Baptista, que responde pelo idança (www.idanca.net) desde 2008 e a jornalista, crítica, curadora e produtora na área de dança, Ana Francisca Ponzio (www.conectedance.com.br), que concebeu e lançou o website Conectedance em 2009, após passar pela mídia impressa e STV na Dança, transmitido pelo canal SescTV.
Duração: uma hora
Onde: Teatro Eva Herz (166 lugares), Livraria Cultura. (Av. Paulista, 2.073)

16h
Tangos, Margareth Kardosh e Victor Costa (São Paulo, Brasil)
A dupla apresenta no bonito jardim da Casa das Rosas duas performances: uma coreografia contemporânea de tango e outra, improvisada. Segundo Margareth Kardosh, no tango argentino, todos os movimentos são "sugeridos" pelo homem e "aceitos" pela mulher, que finaliza a execução, possibilitando o improviso mesmo em uma sequência preestabelecida.
Dançarinos: Margareth Kardosh e Victor Costa
Duração: 8 minutos
Onde: Casa das Rosas, jardim (Av. Paulista, 37)

16h15
Casulos, Cia. Avoá! Núcleo Artístico (São Paulo, Brasil)
A performance aborda de maneira poética a “invisibilidade” dos moradores de rua em busca de um “lugar” na cidade. "Figurinos-cenográficos" servem de abrigo para ações e movimentos corporais, que questionam as contradições do espaço público e da multidão no cotidiano. Resulta da pesquisa sobre diálogos da dança contemporânea com o espaço público e suas conexões com outras linguagens artísticas. As ações do núcleo criado em 2006 englobam videodança, intervenções em espaços públicos, ensino de dança e estudos sobre haicai (forma poética de origem japonesa).
Concepção e direção: Luciana Bortoletto
Dançarinas/improvisadoras: Chris Cruz e Luciana Bortoletto
Paisagem sonora: Mauricio Verdrame e Patricia Herculano
Figurinos: Telumi Helen
Fotografias: Gil Grossi
Produção: Penha Silva
Apoio: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Duração: 30 minutos
Onde: Casa das Rosas, jardim (Avenida Paulista, 37)

17h
Estepe - Maren Strack (Alemanha)
A escultora, coreógrafa, bailarina e musicista recebeu o prêmio especial alemão de Melhor Dança Solo. Segundo ela, o número 8, um padrão de movimento que permite um fluxo de energia fluido e ininterrupto, e a interrupção não planejada deste fluxo, construiu os elementos de movimento da sua coreografia com pneu, que lida com movimento e sua interrupção.
Coreografia e performance: Maren Stack
Figurino: Maren Strack e Sarah Pontius
Duração: 20 minutos
Onde: Casa das Rosas, jardim. (Avenida Paulista, 37)

17h30
Olhar Urbano, Cia. Artesãos do Corpo (São Paulo, Brasil)
Concebido a partir do improviso e da eloquência do corpo, os intérpretes se deslocam ora lentamente, ora estabelecendo novos diálogos com a arquitetura local, chamando a atenção do espectador para detalhes do espaço. Por isso, cada apresentação é uma construção inédita. Fruto do laboratório/preparação para Espasmos Urbanos (primeiro espetáculo da companhia), a instalação coreográfica voltada para a rua foi apresentada em diversos festivais internacionais, entre eles Coimbra Dança e Lugar à Dança em Portugal. O intuito é estimular a sensibilidade e a consciência do público para temas socioculturais contemporâneos.
Direção: Mirtes Calheiros
Intérpretes: Barbara Freitas, Ederson Lopes, Elder Sereni, Gisele Ross, Ken Kronaz, Mirtes Calheiros e Rodrigo Caffer.
Produção: Ederson Lopes
Duração: 25 minutos
Onde: Casa das Rosas, jardim (Avenida Paulista, 37)

18h30
Limites Cruzados (Parte II – Abu Ghraib), Cia. Maida Withers Dance Construction (Washington, EUA)
Violoncelo e vocais ao vivo embalam a dança-teatro sobre exploração humana e abuso de pessoas encarceradas em Abu Ghraib, penitenciária no Iraque, e de Guantánamo, prisão militar dos EUA em Cuba. O filme projetado é baseado em fotografias das torturas e humilhações impostas aos presos. A temática social e política e a união de dança e tecnologia marcam o estilo de Maida Withers, que coreografa desde os anos 1960.
Coreografia: Maida Withers
Cineasta: Linda Lewett
Bailarinos: Maida Withers e Anthony Gongora
Compositora e musicista (violoncelo, vocais e eletrônicos): Audrey Chen
Duração: 25 minutos
Onde: Casa das Rosas, na varanda

19h às 20h30
II VideoDança SP
Plataforma de difusão, pesquisa e intercâmbio reúne criações de artistas de nove países: Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, França, Irlanda, Portugal, Reino Unido e Uruguai. Pelo segundo ano consecutivo, a mostra internacional é realizada no âmbito do festival. “Caminhando para a sua emancipação, ela consolida a parceria com o Inshadow – festival internacional de vídeo, performance e tecnologias (Lisboa, Portugal)”, fala o produtor Ederson Lopes, um dos organizadores do Visões Urbanas.
Duração: 90 minutos
Onde: Casa das Rosas, na varanda

DIA 30/04 (sábado) - encerramento
11h
Xtra Large, Cia. Irene K. (Eupen, Bélgica)
Visualmente inspirado nas pinturas do colombiano Fernando Botero, o espetáculo traz objetos e personagens fora de proporção, grandes, obesos e caricaturais. Símbolo do pecado, tentação, jogo do amor e erotismo, a maçã é o fio condutor da peça que explora a sexualidade das relações de tensão entre as personagens. Criado por Irene Borguet Kalbusch em 1977, o grupo de dança-teatro contemporânea trabalha com bailarinos de várias nacionalidades. Desde 2005, organiza na Bélgica o festival Dança da Cidade, que integra a rede CQD (Cidades que Dançam), da qual o Visões Urbanas também faz parte.
Direção artística: Irene Kalbusch
Bailarinos: Marie-Laure Fiauz, Masami Sakurai, Hiroshi Wakamatsu.
Produção: Mano Dizier
Duração: 25 minutos
Onde: Parque Trianon (Av. Paulista, 1.700)

11h30
Cadência, Cia. Artesãos do Corpo (São Paulo, Brasil)
Encerra a programação, este espetáculo concebido em 2008. Marcado pelo improviso, buscou inspiração no jeito criativo que o corpo brasileiro encontra para superar o duro cotidiano das cidades. O grupo em sua pesquisa de linguagem estética dialoga com dança, teatro, artes plásticas, música e poesia.
Direção: Mirtes Calheiros
Intérpretes: Barbara Freitas, Ederson Lopes, Elder Sereni, Mirtes Calheiros e Rodrigo Caffer.
Figurinos: Maria Gomes
Duração: 20 minutos
Onde: Trianon

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