Mario Adnet visita as parcerias de Vinicius de Moraes com Cláudio Santoro, Pixinguinha, Moacir Santos e Baden Powell
Com as participações de Dori Caymmi, Joyce, Mônica Salmaso, Sérgio Santos, Tatiana Parra, maestro Claudio Cruz e músicos convidados Lançamento nacional em 6 de dezembro, 21h, no Auditório Ibirapuera
Após trabalhar em discos e espetáculos as obras de Moacir Santos, Tom Jobim, Baden Powell, Villa-Lobos, George Gershwin e Luiz Eça, o arranjador, compositor, violonista e produtor musical Mario Adnet se volta para parte da obra musical de Vinicius de Moraes, poeta que teve como parceiros alguns dos mais importantes músicos do Brasil. No projeto, cd (lançado pela Universal) e concerto, Vinicius & Os Maestros, Adnet focaliza parte menos conhecida do repertório criado por Vinicius com Claudio Santoro, Pixinguinha, Moacir Santos e Baden Powell. “Preferi não ter o Tom Jobim dessa vez”, diz Mario, “porque Tom & Vinicius é um caso à parte”.
O lançamento nacional de Vinicius & Os Maestros acontece em espetáculo único em 6 de dezembro, terça-feira, às 21 horas, no Auditório Ibirapuera.
Tanto no palco como no disco, a música arranjada e dirigida por Mario Adnet é interpretada por um grupo de extraordinários músicos e intérpretes: Dori Caymmi, Joyce, Mônica Salmaso, Sérgio Santos e Tatiana Parra; Marcos Nimrichter (piano), Leonardo Amuedo (guitarra), Jefferson Lescowich (baixo), Jurim Moreira (bateria), Armando Marçal (percussão), Eduardo Neves e Teco Cardoso (flautas), Ubaldo Versolato (sax alto/clarinete), Marcelo Martins (sax tenor), Henrique Band (sax barítono), Aquiles Moraes e Jessé Sadoc (trompetes) e Eveson Moraes (trombone). O maestro Claudio Cruz é o regente convidado de uma orquestra de cinquenta e quatro músicos de sopros e cordas, formada exclusivamente para o projeto, que participam do cd e do espetáculo.
No repertório, as seguintes músicas, com seus respectivos vocalistas: Em algum lugar (Vinicius de Moraes/Claudio Santoro) cantada por Tatiana Parra; Triste de quem (VM/Moacir Santos) por Joyce; Consolação (VM/Baden Powell) por Sérgio Santos; Lembre-se (VM/Moacir Santos) por Dori Caymmi; A Santinha lá da Serra (VM/Moacir Santos) com Mônica Salmaso; Acalanto da Rosa (VM/Claudio Santoro) c/ Mario Adnet; Samba em prelúdio (VM/Baden Powell) com Dori e Tatiana; Se você disser que sim (VM/Moacir Santos) com Joyce e Sérgio Santos; Luar do meu bem (VM/Claudio Santoro) com Mario e Mônica; Valsa de Eurídice (Vinicius de Moraes), com Mario e Tatiana; Medo de amar (Vinicius de Moraes) c/ Joyce; Mundo melhor (VM/Pixinguinha) c/ Sérgio Santos; Lamento (VM/Pixinguinha) c/ Dori Caymmi; Canção de ninar meu bem (Vinicius/Baden Powell) c/ Mônica Salmaso, e Canto de Xangô (Vinicius e Baden Powell) com todos: Joyce, Mônica Salmaso, Tatiana Parra, Dori Caymmi, Mario Adnet e Sérgio Santos.
Em 31 anos de carreira, Mario Adnet assina 15 cds próprios como intérprete, compositor, arranjador e produtor. Entre eles, os clássicos Ouro Negro, em parceria com Zé Nogueira, sobre a obra do compositor Moacir Santos, e Jobim Sinfônico, com Paulo Jobim, que recebeu o Grammy Latino 2004. Além desses, revisitou as obras de Moacir Santos (Choros & Alegria), Tom Jobim (Jobim Jazz I e II), Villa Lobos (Coração popular), Luiz Eça (Reencontros) e Baden Powell (Afrosambajazz). E a dupla de compositores dos sonhos: Para Gershwin & Jobim I e II. Em maio de 2010 se apresentou com a Banda Ouro Negro no Jazz at Lincoln Center em Nova Iorque, a convite de Wynton Marsalis, em duas noites dedicadas à música do maestro Moacir Santos. O trabalho de Mario Adnet como músico e pesquisador é único no Brasil.
Vinicius & Os Maestros – Fatos e Casos, por Mario Adnet
Ao longo de sua vida, Vinicius de Moraes passou (batido) por diversas fases e muitos parceiros. Era um aglutinador, tinha faro para pessoas de talento e sua inquietude mudou para sempre o rumo da música brasileira. Acho que não é preciso citar o que ele fez de mais conhecido, ou seja, a maior parte de sua obra. Escolhi um repertório mais raro, que cobre menos de uma década, de meados dos anos cinquenta, até o início dos anos sessenta.
Na seleção, estão três das treze canções que fez com Claudio Santoro: Em algum lugar, Acalanto da rosa e Luar do meu bem e duas canções com Pixinguinha, compostas para a trilha do filme Sol sobre a lama, de Alex Vianny (1963): Lamento e Mundo melhor.
São quatro canções da parceria com Moacir Santos: Lembre-se, A santinha lá da serra, Se você disser que sim e Triste de quem; além delas, estão duas de Vinicius, letra e música: Valsa de Eurídice e Medo de Amar e quatro canções com Baden Powell: Canção de ninar meu bem, a primeira parceria dos dois, e as conhecidas Consolação, Samba em prelúdio e Canto de Xangô.
Vinicius é o homenageado desse projeto, mas confesso o meu carinho especial pelo quarteto dos maestros escolhidos. Preferi não incluir o Tom Jobim dessa vez, por já ter feito vários projetos sobre sua obra e, também, porque Vinicius e Tom talvez sejam um caso à parte.
Foi Jobim quem me despertou a curiosidade sobre Claudio Santoro. Ele falava bem do Santoro, assim como falava bem do Villa-Lobos, de Pixinguinha, de Caymmi e de outros da música brasileira no mesmo nível. Mais tarde, Moacir Santos contou que havia sido aluno de Santoro e comecei a me interessar por essas ligações. Então temos o Moacir, aluno do Santoro e professor do Baden.
Baden tinha também uma forte ligação com Pixinguinha. A viúva de Baden descobriu agora em outubro de 2011, em sua casa, uma caixa de partituras de canções de Claudio Santoro com indicações (em alemão) para ele gravar, projeto este que nunca aconteceu. Pixinguinha foi maestro de uma orquestra de rádio que tinha como spalla o maestro Claudio Santoro, a quem fazia questão de dizer sempre que estava no lugar errado.
Ainda há muitas boas histórias por desvendar mas acho que o repertório escolhido fala por si, e melhor ainda, nas vozes especiais de Dori, Joyce, Mônica, Sergio e Tatiana, acompanhados por esse maravilhoso time de músicos aqui presente.
A escolha dos intérpretes foi afetiva. Dori é uma referência muito forte pra mim por tudo o que representa. Joyce é outra, amiga de longa data e a primeira a me dar boas oportunidades de trabalho. Os dois conviveram muito com Vinicius em shows e turnês. Mônica também não poderia faltar com a sua natural elegância e musicalidade e tem participado de diversos trabalhos que faço. Sérgio, um compositor e cantor talentosíssimo, amigo de muitos anos com quem tenho o prazer de trabalhar pela primeira vez, assim como Tatiana, que me impressionou pelo timbre, musicalidade e entrega.
SERVIÇO
MARIO ADNET – VINICIUS & OS MAESTROS
Data: 6 de dezembro de 2011
Horário: Terça, 21h.
Duração: 90 minutos (aproximadamente)
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada).
Informações: www.auditorioibirapuera.com.br
Tel: 3629-1075 ou info@auditorioibirapuera.com.br
AUDITÓRIO IBIRAPUERA
Capacidade: 800 lugares
Abertura da casa: 2 horas antes do espetáculo
Abertura da platéia: 1 hora antes do espetáculo
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 2 do Parque do Ibirapuera.
Informações: info@auditorioibirapuera.com.br
Site: www.auditorioibirapuera.com.br
Telefone: 11 3629-1075
Ar-condicionado. Acesso a deficientes. Proibido fumar no local.
Estacionamentos / Transporte:
Estacionamento do Parque Ibirapuera, sistema Zona Azul – R$3,00 por duas horas. Dias úteis das 10h00 às 20h00, sábados, domingos e feriados das 8h00 às 18h00.
Ônibus: Estação da Luz - Linha 5154 - Terminal Sto Amaro / Metrô Brás - Linha 5630 - Jd. Eliana / Metrô Ana Rosa - Linha 675N - Terminal Sto. Amaro - Linha 677A - Vila Gilda - Linha 775C - Jd. Maria Sampaio / Metrô Vila Mariana - Linha 775 A – Jd. Adalgiza.
O Auditório Ibirapuera não possui estacionamento ou sistema de valet. O estacionamento do Parque Ibirapuera é Zona Azul e tem vagas limitadas.
Sugerimos que utilizem taxi.