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23 de maio de 2013

Flip inaugura década com homenagem a Graciliano Ramos



Mais de 40 convidados subirão ao palco da Flip para falar de literatura sob diferentes abordagens
  
Início de uma nova década para a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty –, a 11ª edição do evento traz Graciliano Ramos como o autor homenageado. Mais atual do que nunca, e de indiscutível relevância na história cultural do país, o trabalho do escritor alagoano inspira os temas das mesas, que serão abordados pelos convidados nacionais e internacionais.

A Flip 2013 reúne escritores contemporâneos cujo modo de criação, mais livre, se reafirma. A poesia surge em meio à prosa, o ensaio reaparece como gênero literário e microrrelatos em obras de ficção dão o tom ao estilo singular de cada autor. “Contra o dogmatismo que pretende estabelecer um modelo único de escrita, a Festa Literária Internacional de Paraty aposta numa multiplicação de escritas possíveis, pressupondo que a literatura estará sempre ligada ao próprio tempo, mas de maneiras tão diversas quanto as experiências de seus criadores”, afirma Miguel Conde, curador da Flip.

Foi pensando na multiplicidade de abordagens que o curador definiu nomes que vão do poeta TamimAl-Barghouti, figura central na primavera árabe, ao romancista Michel Houellebecq. Narrador ácido e observador crítico do mundo contemporâneo e suas relações, Houellebecq venceu o Goncourt em 2010 com o romance Partículas Elementares e é considerado um dos grandes nomes da atual prosa francesa.

Especialista em contos e narrativas concisas, a norte-americana Lydia Davis, finalista do Man Booker International Prize 2013, falará de obras de sua autoria que não raro transitam entre ficção, ensaio e poesia. Já a franco-iraniana Lila Azam Zanganeh trará para o palco da Flip sua leitura original da obra de Vladimir Nabokov, tido por ela como o “grande escritor da felicidade”.

O escritor norte-americano Tobias Wolff e o norueguês Karl Ove Knausgård se encontram em debate sobre a relação entre ficção e confissão, ou criação literária e experiência pessoal. Enquanto Wolff é conhecido especialmente como contista e memorialista, Karl Ove ganhou projeção internacional após a publicação de Minha Luta, narrativa autobiográfica em seis volumes.

Especialmente expressiva nesta edição, a relação da literatura com o cinema, a música e arquitetura ajuda a quebrar a linha divisória entre as artes. Vai nesse sentido a presença do historiador da arte T.J. Clark, dos cineastas Eduardo Coutinho e Nelson Pereira dos Santos, da cantora Miúcha, do arquiteto Eduardo Souto de Moura e do célebre crítico de arquitetura da New Yorker Paul Goldberger. Num dos encontros mais aguardados da festa, Maria Bethânia e Cleonice Berardinelli, professora emérita da UFRJ e da PUC-Rio, se encontram em mesa sobre Fernando Pessoa.

Outro dos grandes nomes internacionais convidados, o francês Jérôme Ferrari se junta ao brasileiro Daniel Galera para refletir sobre um elemento em comum das obras de ambos: a atualização de temas ligados à tragédia clássica, como o conflito entre ação humana e predestinação.

O cotidiano habita o trabalho das três jovens poetas Alice Sant’Anna, Ana Martins Marques e Bruna Beber, que se reunirão na primeira mesa da Flip para falar sobre o lado ora cômico, ora melancólico, ora sublime dos dias comuns quando estes se tornam matéria de sua poesia. Zuca Sardan e Nicolas Behr, dois grandes satiristas brasileiros das últimas décadas, discutirão um estilo que ironiza consensos e costumes de forma igualmente poética e caricata, utilizando os recursos próprios da poesia, marcada pela invenção verbal e gráfica.

O autor e jornalista inglês Geoff Dyer e o escritor e editor norte-americano John Jeremiah Sullivan se juntarão em uma mesa da Flip para discutir o ensaio como gênero literário. Em torno do tema será também estruturada a Oficina Literária da 11ª Flip, coordenada pelo escritor e editor da revista serrote Paulo Roberto Pires (inscrições já encerradas).

Mais informações sobre outros autores participantes das mesas estarão no site www.flip.org.br e no folder da coletiva.

Gilberto Gil: presença dupla na festa

Gilberto Gil fará o show na noite de abertura do evento, no dia 3 de julho. Na tarde da quinta-feira, dia 4, Gil participa da tradicional mesa Zé Kleber, ao lado da socióloga Marina de Mello e Souza. O tema da mesa será culturas locais e globais, e o debate incluirá a criação e manutenção de políticas públicas para disseminação de programas culturais, assunto debatido nos dois nos últimos anos do evento. Professora do departamento de História da USP, Marina atualmente se dedica à história da África pré-colonial.

O repertório do show pinça faixas representativas de 50 anos de palco. Acompanhado do filho Bem Gil (violão e guitarras) e do músico Gustavo Di Dalva (percussão), Gil relembra canções seminais compostas nas diversas fases de sua carreira, como Domingo no Palco, Palco e Estrela, entre outros sucessos.

Venda de Ingressos

Os ingressos para a 11ª edição da Flip poderão ser adquiridos a partir das 10h do dia 10 de junho, via internet (ingressorapido.com.br), pelo telefone (4003-1212) e em pontos de venda. A partir das 9h do dia 3 de julho, a venda acontece apenas na bilheteria oficial da Flip, em Paraty.

Os ingressos  para a tenda dos  autores custarão R$ 46, para a  tenda do telão, R$ 12, e para o show de abertura R$ 22 (pista) e R$ 46 (cadeira). Há limite de dois ingressos por pessoa de acordo com o CPF do comprador.

30 de abril de 2013

Milton Hatoum fará conferência de abertura da 11ª edição da Flip



Graciliano Ramos, homenageado na Flip deste ano, será foco de mesa com debate sobre suas posições políticas e sua relação com o Estado Novo

O escritor amazonense Milton Hatoum fará a conferência de abertura da 11ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Grande conhecedor do escritor alagoano, Hatoum discorrerá sobre a importância da obra de Graciliano Ramos não só na literatura, mas em toda a cultura brasileira, incluindo o cinema e a política.

Hatoum lembra bem o primeiro contato que teve com a obra de Graciliano, ainda no colégio. Foi quando leu “Vidas secas” e passou a conhecer um novo mundo, com os detalhes da vida no sertão e os problemas sociais abordados pelo livro. Além das informações, o que impressionou Hatoum foi a linguagem, o estilo da escrita e a perspectiva realista com que Graciliano apresenta os dramas humanos e o embrutecimento do homem.

Hatoum nasceu em 1952, estudou arquitetura na Universidade de São Paulo e ensinou literatura brasileira e francesa na Universidade Federal do Amazonas, além de ter sido professor residente na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Lançou seu primeiro livro em 1989, “Relato de um Certo Oriente”, que lhe valeu o prêmio Jabuti de melhor romance. Foi ainda o vencedor de outros dois Jabuti, com “Dois irmãos” (2000) e “Cinzas do Norte” (2005). Sua obra já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países.

Debate e estudo

A 11ª edição da Flip terá como homenageado Graciliano Ramos. No próximo dia 27 de outubro completam-se 120 anos do nascimento do autor, natural de Quebrangulo, Alagoas. Escritor, jornalista e político, Graciliano teve uma vida em que a literatura e a política se entrelaçaram e, não raro, suas convicções e atividade política inspiraram obras de forte conteúdo social.

Graciliano será foco de uma mesa que abordará seu envolvimento com a política brasileira. O debate será embasado por um estudo inédito preparado pelo norte-americano Randal Johnson, professor do departamento de Espanhol e Português da Universidade da Califórnia, sobre as relações do autor com o Estado Novo. Convidado da Flip, Johnson rediscute a idéia de que Graciliano seria comunista já antes da prisão, em 1936.

Em seu estudo, Randal Johnson examina a trajetória intelectual de quatro autores brasileiros – Mário de Andrade, Cassiano Ricardo, Octávio de Faria e Graciliano Ramos – que representaram diferentes posições políticas nas décadas de 1930 e 1940. No capítulo dedicado a Graciliano, o autor analisa sua construção como um escritor de esquerda, a partir dos livros “Caetés” (1933) e “São Bernardo” (1934).

Autores já divulgados

Até o momento, a Flip confirmou para a edição de 2013 a vinda da autora norte-americana Lydia Davis, do irlandês John Banville, do escritor bósnio Aleksandar Hemon, e da brasileira Cleonice Berardinelli, professoraemérita da UFRJ e da PUC-Rio e membro da Academia Brasileira de Letras. Especialista na obra de Fernando Pessoa, Berardinelli subirá ao palco da Flip ao lado da cantora Maria Bethânia para homenagear o poeta português.

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