25 de março de 2013

Mostra de game arte PLAY! inaugura hoje na Av. Paulista



Quem passou pela Avenida Paulista nas noites de Dezembro de 2012 e no feriado do aniversário de São Paulo, em Janeiro, certamente reparou que o icônico prédio FIESP se transformou na maior galeria de arte digital à céu aberto da América Latina. Ali aconteceu a primeira edição da mostra SP Urban Digital Festival, que finalmente inseriu São Paulo na rota mundial da cidades que integram arte digital ao seu tecido urbano, ou seja, utilizam-se do termo media facade para transmitirem viagens artísticas e sociais.

O edifício piramidal de 1979 continua com sua fachada “colméia” forrada com mais de 100 mil lâmpadas de LED (light emiting code). Esta cadeia elétrica que possibilita a transmissão de até 4,3 bilhões de combinações de cores vai voltar à ativa com a mostra PLAY!

A nova exposição da Galeria de Arte Digital do SESI será inspirada no universo dos videogames. Segunda a curadora Marília Pasculli, da produtora Verve Cultural, “a game arte é considerada uma das manifestações artísticas emergentes mais interessantes da atualidade. Não só por dissolver os limites entre as diferentes formas de arte - já que a forma inculta de entretenimento dos videogames alcançou uma posição importante na estética intelectual no mundo artístico - mas também por obter um potencial interativo, um valor cultural que vai além da tela”, defende ela, que ainda conta com a ajuda de Tanya Toft – dinamarquesa baseada em Nova York, que é especialista em novas mídias e arte digital - na curadoria.

A partir do tema games, a Galeria de Arte Digital do SESI - novamente com a Verve Cultural - transcendeu o fato de apenas exibir as obras digitais e abriu espaço também para a interação com o público.

De 25 de março à 7 de abril, serão transmitidas seis obras digitais de artistas contemporâneos, sendo três delas interativas e três visuais. Na prática, quem passar pela Avenida Paulista durante as noites deste período irá se deparar com vários traços da história dos videogames, tais como: o jogo de corrida, a estética do atirador, a navegação do labirinto, a dicotomia do ganhar e perder, e a visão com perspectiva em terceira pessoa.

O Paulista Invaders, de Brasília, por exemplo, é inspirado no clássico Space Invaders, de 1978. Neste caso, o jogo vem com uma proposta de sustentabilidade onde as criaturas do espaço e as armas dão lugar aos carros e as bicicletas. Haverão, na Avenida Paulista, monitores do SESI que irão ensinar as pessoas a jogarem, via Ipad. Outro jogo é o LummoBlocks, que possibilita a interação dos participantes via sensor de movimento corporal.A obra criada em Barcelona é uma nova versão do lendário Tetris onde os movimentos dos jogadores são rastreados e os próprios viram peças do game. Ou seja, o edifício servirá como tela (de mais de 3 mil m²) para os participantes jogarem os games.

A exibiçãoPLAY! parte da ideia de que os jogos estão se tornando uma tendência cultural e se inserindo cada vez mais na vida urbana. E configura-se como a primeira mostra de game arte interativa e a céu aberto no Brasil.

Enquanto os videogames são vistos como uma organização do "jogar" através de um espaço na tela, o que, então, essa noção de jogar pode oferecer para os espaços públicos? Qual a contribuição que a narrativa dos videogames pode oferecer para  nossa condição cultural? As obras incluídas em PLAY! devem ajudar a desvendar as questões propostas acima.

Obras digitais interativas

A obra aborda a ética do cidadão, com foco em dois dos principais problemas de São Paulo: o tráfego de veículos e a poluição do ar. Este jogo interativo e em tempo real foi desenvolvido com exclusividade para a exibição PLAY! e será jogado através de um tablet. Fazendo referência a um dos jogos de tiro mais antigos, o icônico Space Invaders de 1978, o Paulista Invaders defende uma vida verde e sustentável. O Flyrwrench”. E hoje, ele vem sendo apontado como um dos grandes talentos da arte digital contemporânea norte-americana. Atua como professor e na área de pesquisa nos departamentos Game Lab e Design Media da UCLA (University of California, Los Angeles).

Suzete Venturelli e equipe Midialab-UnB – Brasília

Suzete  Venturelli é doutora em Artes e Ciências da Arte, professora e pesquisadora  da Universidade  de Brasília  e CNPq.  Participa  de congressos com ênfase na relação  da Arte com a Ciência  da Computação  e Tecnologia de Comunicação. Sob sua  coordenação foi criado o MidiaLab Laboratório de Pesquisa em Arte Computacional, espaço de arte e pesquisa, em 1986. O centro conta com a participação de bolsistas de iniciação científica, estagiários e estudantes, que trabalham em diferentes propostas, envolvendo a criação de animação, vídeos, arte computacional, dispositivos não convencionais de interações urbanas. Os projetos envolvem questões socio-artísicas e políticas no contexto da arte, ciência e tecnologia realizados em estreita colaboração com outras áreas de pesquisa como a ciência da computação, mecatrônica, esporte, saúde e comunicação.

LAB - WORKSHOP

A fim de prolongar questões conceituais e ampliar a discussão sobre a arte digital  interativa e a influência dos videogames na cultura contemporânea, será oferecido gratuitamente um  workshop, aproximando assim o público dos conteúdos e técnicas para o desenvolvimento de obras

Desenvolvendo jogos para Android com o App Inventor
Ministrado pelo artista Andrei Thomaz. (Total 6 horas)
Dias 2/4 e 3/4 das 10h às 13h
No Espaço Mezanino do Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso ( av. Paulista, 1.313)
Inscrições limitadas – 15 vagas – pelo telefone: (11) 3146-7383

Os participantes serão apresentados ao App Inventor, ferramenta que permite o desenvolvimento de aplicativos a partir da combinação de blocos de programação. Primeiro, desenvolverão um jogo do tipo shooter de acordo com as orientações do artista, para, em seguida, discutir possibilidades de criar novas versões do jogo, baseadas na sua mecânica.

Os participantes que quiserem desenvolver os jogos em aparelhos Android poderão trazê-los para a prática.

GRADE DE PROGRAMAÇÃO
25 de março à 7 de abril

20h às 22h - Obras interativas, alterando em 10 minutos cada
LummoBlocks - Lummo
Paulista Invaders - Suzete Venturelli e equipe Midialab-UnB
Labirintos Invisíveis - Andrei Thomaz
22h às 6h - Todas as obras em vídeo (loop)
Supercut - Mark Essen
The Game is Over -  Les  Liens Invisibles
Alberto Zanella - Pixels Deslocados
LummoBlocks - Lummo
Paulista Invaders - Suzete Venturelli e equipe Midialab-UnB
Labirintos invisíveis - Andrei Thomaz

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