Confraria revela destaques da produção nacional em cerimônia na capital paulista
No cenário da cachaça nacional, o mês de julho foi marcado pela entrega das homenagens conferidas pela confraria Provadores de Cachaça, reconhecida por reunir há dez anos os apreciadores do destilado brasileiro. O evento aconteceu no Bar Violla, em São Paulo e consagrou os 23 rótulos vencedores das categorias “Prata”, “Ouro” e “Pra Tomar Ajoelhado”.
As cachaças premiadas foram selecionadas em maio, em provações às cegas na Floresta dos Unicórnios. A surpresa veio com a Paixão Goiana, da cidade de Alexânia (GO), que conquistou duas medalhas na categoria principal com os rótulos Amburana e Carvalho, apesar de pouco conhecida entre os confrades.
A categoria “Pra Tomar Ajoelhado” reuniu seis cachaças. A paulista Maria Clara, produzida em Itu, foi uma das destacadas por seu processo em inox e amburana. Já a Saliníssima, de Salinas (MG), também se destacou, embora a produtora não divulgue o tempo de envelhecimento. A Wiba, blend de carvalhos de Torre de Pedra (SP), foi a única com essa composição a conquistar a honraria. A Casa Bucco representou as cachaças brancas na categoria principal.
Entre as medalhistas “Ouro”, estavam rótulos de diversos estados e perfis comerciais. A pernambucana Sanhaçu bálsamo e a mineira Século XVIII rótulo Azul exemplificam a tradição, enquanto a Nobre Cristal e a Três Pedras carvalho figuram como novidades promissoras.
As “Pratas” contemplaram cachaças de origem variada, entre elas blends de jequitibá, amburana e carvalho, além da tradicional Santo Grau. O objetivo da confraria — revelar alambiques com boas produções ainda pouco divulgadas — foi atingido.
Os produtores participaram da cerimônia, incluindo representantes da Paixão Goiana, Maria Clara, Saliníssima, Terra Forte e outras. O evento reuniu especialistas, jurados e convidados, reafirmando o compromisso com a valorização da cachaça brasileira.
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